quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que acontece no seu cérebro quando você se apaixona


O que acontece no seu cérebro quando você se apaixona
Quando aquela pessoa especial aparece você sente um frio no estômago. As mãos começam a suar e o coração dispara. Sem você se dar conta, seu cérebro se inundou de substâncias que provocam prazer. Sabe o que está acontecendo? Simplesmente, seu corpo começou a avisar que uma flecha do cupido te atingiu, e você está perdidamente apaixonado. Cientistas de todo o mundo se dedicam a estudar as reações corporais e o que ocorre quando homens e mulheres são fisgados pelo amor.
Várias são as teorias. Muitos pesquisadores acreditam que os mecanismos do cérebro que provocam a euforia por alguém são os mesmo que agem nos viciados em drogas. Isso porque a mesma região do cérebro fica afogada no neurotransmissor chamado dopamina, associado às sensações de prazer e recompensa. Outros apostam que a atração é parte da relação materna, que define o amor romântico se baseando nas sensações de conforto que ficam gravadas em nosso cérebro.
Há quem acredite que consideramos atraentes pessoas sadias e belas. No caso, mulheres com o quadril largo e a cintura fina carregam sinais de que são capazes de gerar filhos. Já os homens com traços vigorosos e aparência viril sugerem uma boa reserva de testosterona e fazem sucesso entre as mulheres.
A antropóloga americana Helen Fisher, em entrevista à National Geographic, analisou o que ocorre com o cérebro das pessoas apaixonadas. Voluntários foram submetidos ao exame de imagem por ressonância magnética, e os cientistas constataram que quando as pessoas viam fotografia dos amados, as partes do cérebro ligadas ao prazer se iluminavam. É isso que provoca a euforia. Casais que passam por essa experiência sentem que são capazes de tudo, inclusive loucuras que podem causar riscos reais.
Por muitos meses você sentiu esses sintomas. Não conseguia ficar longe da pessoa amada e nem se preocupava em entender o que estava acontecendo no mundo. Só existiam vocês dois. Um belo dia as coisas começaram a mudar. Tudo o que você achava lindo no outro agora irrita. O rosto bonito ficou sem graça, não consegue mais sentir o cheiro do namorado e começa a contar os minutos para o encontro terminar. Será que acabou? Mas o amor era tão grande.
Pois é, dizem os especialista que a paixão tem, sim, prazo de validade, e que ele varia de dois a quatro anos. Helen defende que esse período é mais do que suficiente para que o casal crie o primeiro filho. Depois disso, os dois se tornam desinteressantes um para o outro, e cada um pode sair em busca de outro parceiro.
A tal dopamina que te ajudou a ser a pessoa mais feliz do mundo no início da relação se mostra uma verdadeira malvada depois de algum tempo. O seu cérebro se acostumou a ela. Assim como acontece com os usuários de drogas, é preciso cada vez mais estímulo para provocar a sensação de prazer.
A antropóloga afirma que os exercícios podem contribuir para prolongar a paixão. Colocar atividades que liberem dopamina na rotina do casal aumentam as chances de se sentir atraído pelo outro. Vale andar de montanha-russa, praticar esportes radicais juntos e até andar de bicicleta. Se passarem por um grande momento de estresse, experimente abraçar o seu par. Com esses estímulos, a paixão pode resistir ao tempo.

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